sábado, 7 de maio de 2011

Acolhimento

Esses dias estive num encontro onde ouvi muito essa palavra: acolhimento. Segundo o dicionário, acolhimento quer dizer: refúgio; amparo; hospitalidade; receber em sua casa, recolher; receber com agrado; recolher-se, refugiar-se. Agora, bom mesmo é experimentar o acolhimento, ao invés de apenas compreendê-lo ou defini-lo. Nesse encontro, eu me senti em casa. Embora eu não conhecesse ninguém que estava lá, eu me sentia parte daquilo. Definitivamente, aquele povo sabe acolher!

Como resultado, conheci algumas pessoas muito especiais por lá. E essa semana, uma dessas pessoas passou a ser a minha psicóloga. Isso mesmo, comecei a fazer terapia. Finalmente! Depois de anos pensando sobre as questões da minha vida, outros tantos estudando para ser psicóloga, finalmente conheci alguém, uma psicóloga cristã que me inspirou segurança e confiança, a ponto de eu escolher dividir um tanto da minha vida e me colocar num lugar de quem precisa de cuidado. Estava extremamente nervosa quando cheguei lá. Aos poucos fui ficando mais tranquila. Entrevista inicial, várias perguntas sobre a minha vida, as pessoas com quem me relaciono, meus sentimentos para com elas, etc, etc.. Confesso que fiquei cansada de responder tantas coisas. Fazia tempo que não falava tantas coisas sobre a minha vida! 

Mesmo assim, a sensação de estar lá era extremamente agradável. Um sentimento de inquietação, uma expectativa por algo bom que vai acontecer, uma esperança que surge dentro do peito, ainda pequena, mas como um vulcão que apenas espera algo acontecer para vir à tona. Como psicóloga, ela se colocou  diante de mim como alguém que se importa, que está disposta a cuidar de mim, a ser um lugar de refúgio, de amparo.. a me auxiliar nessa caminhada de ser uma nova pessoa, me reconhecer, me amar um pouco mais. Parece um sonho! Mesmo depois de tanto tempo, percebo que ainda mora dentro de mim aquela criança desamparada, perdida, confusa, que vai seguindo a vida mas no fundo sabe que deseja ser amparada e protegida.

É assim que esse primeiro encontro ainda ressoa no meu coração. Me senti acolhida integralmente. Ainda estou como quem sonha, ou melhor, como quem vê se realizar diante de si o seu maior anseio, aquele que já nem acreditava mais que fosse possível: ser cuidada por um outro alguém. Não sei bem como é esse papel de "ser cuidada", mas eu quero muito aprender.

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